Sondagem

Sondagem

A Sondagem chamada também de sondagem de solo ou de simples reconhecimento, é um método de investigação do subsolo largamente utilizado no Brasil, por ser muito prático e de baixo custo.

Recomenda-se antes de iniciar uma construção a execução Sondagem para se obter informações necessárias que irão ser utilizadas nos cálculos de dimensionamento das fundações.

Através da Sondagem obtêm-se as seguintes informações do maciço terroso estudado: espessuras das diferentes camadas constituintes do subsolo, profundidades de transição de cada camada, profundidade do nível freático (nível d’água) do terreno quando interceptado, índice de resistência ao ensaio SPT (Nspt), coleta de amostras, a cada metro, representativas do solo perfurado, além de possibilitar a execução de vários ensaios In Situ, como por exemplo, ensaios de infiltração e medição de resistência a torção (SPT-T).

Tipos de Sondagem

Existem alguns tipos de Sondagem, entre eles: sondagem a percussão (SPT) manual ou mecanizada, sondagem a trado (ST) manual ou mecanizado, sondagem a percussão com torque (SPT-T), sondagem rotativa (SR), sondagem rotativa mista (SM), dependendo da finalidade da investigação geológica geotécnica, escolhe-se o melhor método de sondagem que será empregado.

A Sondagem a Percussão é muito utilizada quando se necessita além da caracterização do solo, do índice Nspt, empregado em cálculos de dimensionamento de fundações, estabilidades de taludes, infraestrutura viária, entre outros.

Emprega-se a sondagem a trado, quando necessita-se caracterizar o subsolo, coletar amostras, possibilitando conhecer o material de cada camada e sua espessura, a profundidade do lençol freático quando interceptado, porém, esse tipo de sondagem possui algumas limitações metodológicas, limitação de profundidade, dificuldade de avanço após atingir o nível d’água, dificuldade de perfurar solos mais resistentes.

A Sondagem SPT-T assemelhasse a sondagem a percussão, porém após o término da execução do ensaio SPT, acopla-se no equipamento um torquimetro e mede-se o troque máximo e residual, incluindo essa informação adicional no relatório de sondagem.

Já a sondagem rotativa é utilizada para perfuração de rochas, essa sondagem é empregada quando necessita-se coletar amostras do maciço rochoso, para caracterizar seu estado de sanidade, quanto ao grau de alteração, coesão e fraturamento, determinar a profundidade do embasamento rochoso, constatar a presença de matacões, entre outros.

Denomina-se Sondagem rotativa mista, ou simplesmente sondagem mista a alternância do emprego de sondagem SPT, nas camadas de solo, com a sondagem rotativa nos trechos de rocha.

Perfis de Sondagem

De acordo com as normas vigentes de Sondagem de solo, os perfis de sondagem devem conter:

1. O nome da empresa contratada;
2. O nome da empresa contratante;
3. Local da obra;
4. Indicação do número do trabalho e os vistos do desenhista, engenheiro civil ou geólogo, responsável pelo trabalho;
5. O diâmetro do tubo de revestimento e do amostrador empregados na execução das sondagens;
6. Os números e cotas dos furos;
7. Linhas horizontais cotadas a cada 5 m em relação à referência de nível;
8. Posição das amostras colhidas, devendo ser indicadas as amostras não recuperadas e os detritos colhidos na circulação de água;
9. As profundidades, em relação à boca do furo, das transições das camadas e do final das sondagens;
10. Índice de resistência à penetração N ou relações do número de golpes pela penetração (expressa em centímetros) do amostrador;
11. Identificação dos solos amostrados e convenção gráfica conforme a NBR 13441;
12. A posição dos níveis d’água encontrados e as respectivas datas de observações, indicando se houve pressão ou perda de água durante a perfuração;
13. Indicação da não ocorrência de nível de água, quando não encontrado;
14. Datas de início e término;
15. Indicação dos processos de perfuração empregados (TH trado helicoidal, TC trado concha, CA circulação de água) e respectivos trechos, bem como as posições sucessivas do tubo de revestimento e uso de lama de estabilização quando utilizada;
16. Procedimentos especiais utilizados, previstos na NBR 6484/2020;
17. Resultado dos ensaios de avanço de perfuração por circulação d’água.

Os perfis devem ser feitos em escala vertical de 1:100.