Ensaio de Permeabilidade para Fossas Sépticas

O Ensaio de Permeabilidade para Fossa Séptica é um procedimento que pode ser realizado em furo de sondagem a trado (cova cilíndrica) ou em cavas (cova prismática), com o objetivo de se obter a capacidade de percolação de determinada área, onde se pretende construir uma fossa séptica, sumidouro ou vala de infiltração.

Mesmo sendo um dos ensaios mais simples de se executar, esse ensaio de permeabilidade deve ser executado observando todos os procedimentos da NBR 13969/1997 ou NBR 7229/1993, pois dependendo do modo de execução podem-se obter resultados bastante distintos para um mesmo tipo de solo.

Em covas cilíndricas, os furos são abertos utilizando-se um trado manual, com diâmetro de 150 mm (NBR 13969) ou com diâmetro de 300 mm (NBR 7229), em profundidades determinadas a partir de um pré-dimensionamento do sumidouro / fossa séptica.

Os resultados obtidos no ensaio para fossa séptica são a taxa de percolação, dada em min/m e a taxa máxima de aplicação diária, ou coeficiente de infiltração do solo, expressos em L/m².dia ou m³/m².dia.

Execução do Ensaio de Permeabilidade

O Ensaio de Permeabilidade para Fossa Séptica segundo procedimentos normatizados no anexo A (“Procedimento para estimar a capacidade de percolação do solo (K)”) da NBR 13.969/1997 - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação, indica os seguintes procedimentos para sua execução:

• Definir ao menos 03 pontos para a execução do ensaio, distribuídos de maneira a cobrir áreas iguais no local indicado para campo de infiltração;
• Perfurar uma cava vertical cilíndrica com trado de ∅ 150 mm, de modo que o fundo da cava esteja próximo ao nível previsto para fundos das valas, que por sua vez devem estar a no mínimo 1,50m do nível máximo do aquífero freático local;
• Retirar os materiais soltos no fundo da cava e cobrir o fundo com 5 cm de brita;
• Encher a cava com água até a profundidade de 0,30 m do fundo e manter esta altura durante pelo menos 4 h, completando com água na medida em que desce o nível, devendo este período ser prolongado para 12 h ou mais se o solo for argiloso para saturação do solo, porém se toda a água inicialmente colocada infiltrar no solo dentro de 10 min pode-se começar o ensaio imediatamente;
• Exceto para solo arenoso, o ensaio de percolação não deve ser feito 30 horas após o início da saturação do solo;
• Após a saturação colocar 0,15 m de água na cava acima da brita e determinar o abaixamento do nível d’água na cava a cada 30 min (queda do nível) e, após cada determinação, colocar mais água para retornar ao nível de 15 cm;
• O ensaio prossegue até se obter diferença de rebaixamento dos níveis, entre as duas determinações sucessivas, inferior a 1,5 cm, em pelo menos três medições necessariamente;
• Em solos arenosos, quando a infiltração da água ocorre em intervalo de tempo inferior a 30 min, o intervalo entre as leituras deve ser reduzido para 10 min durante 1 h; assim sendo, nesse caso, o valor da queda a ser utilizado é aquele da última leitura;
• Calcular a taxa de percolação para cada cava escavada, admitindo-se o valor médio da taxa de percolação da área através da média aritmética dos valores das cavas, porém o valor real a ser utilizado no cálculo da área necessária da vala de infiltração deve ser o especificado na tabela A.1 da NBR 13969/1997.

Atualmente a JS Sondagens realiza o ensaio de permeabilidade para fossas sépticas em cova cilíndrica com o trado manual de Ø150mm conforme os procedimentos da NBR 13969/1997.